Alecsandra, comunidade de São Rafael, sinônimo de solidariedade
O telefone toca. É a Alecsandra, por volta dos 30 anos de idade, educada, cumprimenta e envergonhada pede “se dá pra arrumar um pacote de fraldas geriátricas tamanho G”. Mas antes de desligar avisa “olha não se preocupe não, se não der eu dou um jeito”.
A moça quer ajudar uma vizinha, uma senhora de 75 anos, que vai amputar a perna. Assim decretou a Medicina. Em contrário sua vida pode terminar logo.
“O pessoal do hospital pediu pra gente arrumar fraldas, porque vai precisar”, justifica.
Isso foi na sexta-feira, de manhã. Nossa rede de solidariedade entrou em ação. Quando os voluntários foram entregar as fraldas, no sábado, Alecsandra estava fazendo ovos de páscoa, dentro de sua “casa”, de três andares, um cômodo de cerca de dois metros de largura por três de comprimento, feito em três pavimentos. “Eu mesmo construí, eu mesmo coloquei o piso”, afirma orgulhosa.
“Moço vendi os ovos e já comprei as fraldas para a senhora, leve essas para quem precisa”, respondeu alegre. Mas antes de o pessoal sair disse: "Vocês ganham pra isso?". “Não, somos voluntários”, responderam. “Então cada um pegue um ovo, se não vou ficar chateada, e aí não saem mais daqui”, decretou.
Alecsandra tem três filhas, vive no coração da comunidade de São Rafael. O seu marido está desempregado. Mas está atenta para o sofrimento alheio! Convidada, aceitou integrar o grupo de voluntários em defesa da vida.
Quanto vale o seu gesto?
Nenhum comentário:
Postar um comentário