Secretário Lameh Smeili durante abertura |
Em
comemoração ao Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e
Caribenha, celebrado nesta quarta-feira (25), a Subsecretaria de Igualdade Racial,
vinculada à Secretaria de Assuntos Difusos, promove uma série de
atividades que buscam resgatar as lutas e ações de promoção sobre
a igualdade da mulher negra brasileira, como palestras, exposição e
outras ações.
Na
noite da última terça-feira (24), no Adamastor Centro, aconteceu a
palestra “Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha: Abolição,
Protagonismo e Resistência”, que contou com a participação de
Rosane Borges, Doutora e Mestre em Ciências da Comunicação pela
USP e ex-coordenadora do Centro Nacional de Informação e Referência
da Cultura Negra da Fundação Palmares, e de Danielle Almeida,
Mestre em Ciências da Educação pela Universidade de Monterrey, no
México.
Exposição retrata história da escravidão até anos 90 |
A
Subsecretaria também preparou a exposição: “Mulheres Negras:
Abolição, Protagonismo e Resistência”, com fotos, memórias e
dados históricos de mulheres que fizeram frente a um sistema
opressor desde a escravidão até os anos 90, que pode ser apreciada
nesta quinta-feira (26), no CEU Ponte Alta - Avenida Florestan Fernandes, s/nº - Jardim Ponte Alta, durante a comemoração do 1º ano do Centro de Referência de Igualdade Racial.
Para
o subsecretário da Igualdade Racial, Anderson Guimarães, a função
do poder público é garantir que esse tipo de palestra seja
trabalhado incansavelmente. “Somente com esses debates, e juntos,
conseguiremos construir políticas públicas de enfrentamento ao
racismo”, concluiu.
A
população feminina no país é 54% do total, e a presença de
mulheres negras nessa porcentagem é acentuada, existindo dois eixos
negativos que marcam a nossa estrutura, que são o racismo e o
sexismo. E a mulher negra recai sobre esses dois. Para Rosane Borges,
os problemas enfrentados pelas mulheres negras não é causado pela
cor da pele, mas sim porque foram vítimas da pior tragédia da
humanidade, que foi a escravidão. “As desigualdades, a pobreza e a
violência obstetra que recai sobre nós, mulheres negras, nos
permite dizer, que nós temos fundamento racial e de gênero na
desigualdade e na pobreza”, ressaltou Borges.
Para
o secretário de Assuntos Difusos, Lameh Smeili, estamos falando
sobre a maioria da nossa população. “Nossa luta diária é para
que o racismo, todas as formas dele, sejam abolidas. Mas também
estamos falando da violência contra à mulher. O trabalho é duro,
precisamos plantar uma semente todos os dias”, ressaltou.
Lameh ressalta a importância da luta diária |
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