sexta-feira, 1 de abril de 2011

A Queda de Bastilha e a Revolução do Povo Árabe

Atendendo a solicitação de leitores do blog e cidadãos guarulhenses, escrevo o seguinte texto, a respeito do que ocorre no chamado Mundo Árabe.

A Revolução do povo árabe, cujo território é o norte da África e toda Península Arábica, é a maior frente de luta aberta contra a tirania, desde que o colonialismo europeu transformou aquela parte do mundo em cantões, para poder dominar as jazidas do petróleo da região. Essa marcha popular promete continuar por longos capítulos.

Isso lembra {fico arrepiado} a epopéia da tomada de Bastilha (Paris,1789) aonde não havia lideranças. Foi o povo, como uma verdadeira avalanche humana, quem varreu da face da terra o despotismo da realeza.

Tudo começou na Tunísia, no final de 2010, quando um ambulante, cansado do achaque de fiscais corruptos, ateou fogo no próprio corpo e acabou morrendo, em protesto contra o governo, cujo mandatário passava de 20 anos no poder.

Como um incêndio, o clamor por liberdade e oportunidade, se espalhou por países vizinhos. Os regimes até então protegidos pelos governos americano e europeus, começaram a reclamar dos serviços secretos ocidentais, por não terem detectado a insatisfação popular.

Surpresos, os americanos correram atrás do perigo. Tentam a tudo custo seqüestrar as revoltas. Para isso acionam seus vassalos. Israel (Estado criado pelos colonizadores europeus, a custa do povo palestino) seria um furo na água, sempre foi usado pelos feudos e ditaduras árabes como principal razão para a manutenção dos regimes, agora não cola mais. Sobrou a OTAN-Organização do Atlântico Norte- para abafar as revoltas ou colocar "lideranças" aliadas.
Para eles não importa se vai ter guerra civil, quanto mais árabe morrendo melhor.  Assim pensa essa gente. "Estamos aqui para confundir, não para explicar", dizia o saudoso Chacrinha.

Mas para quem quer aprofundar-se na questão:
“Os governos euro-atlânticos proclamam a sua «democracia» como prova do seu direito absoluto de intervir nos assuntos do resto do mundo. Com base na falácia de que os «direitos humanos são necessários para a paz», proclamam o seu direito a fazer a guerra. Uma questão crucial é se a «democracia ocidental» ainda tem força para desmantelar esta máquina de guerra antes que seja tarde demais”, escreveu recentemente  Diana Johnstone analista de política internacional especializada em assuntos militares.

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